Aperto e sinto murchar com o som ecoando nos meus ouvidos. Chiando. Por mais leve que seja a ação da minha mão, eu escuto o som ecoar bem baixinho no meu quarto. Coloco sobre o rosto e meu corpo responde instintivamente A camada que cobre os meus olhos só me permite ver flashes do que existe ao lado de fora A respiração vem como um sopro Eu Não Consigo Manter Minha Cabeça
aqui.
O corpo recebe e responde de forma imediata suga todo o ar do meu corpo em menos de 5 segundos como eu evitaria a resposta sinestésica enviada pelo meu corpo? Repete de novo a mesma a ação o plástico continua se alimentando de mim para estar vibrando junto.
Com a cabeça fora, a frustração começa a me consumir, teria eu que ser mais ponta firme? É compreensível que a materialidade esteja consumindo minha energia, mas não existiria forma de eu, também, devorar essa vibração sem estar com o corpo em pânico? O oxigênio limpa meus pulmões, o mantenho prisioneiro, lentamente adentro a cabeça ali. E eu vejo o movimento que começa a se formar para longe do meu rosto e voltar devagar. Não fricciona com a pele. Movimento continuo entre estes corpos, o meu e o da sacola. A aproximação é lenta. Quando gruda no meu rosto, percebo que existe uma segunda pele me devorando, mas meu corpo não responde de forma imediata. A minha mente já entende essa materialidade pois nós já estabelecemos uma relação.